quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Leitura

Por que é importante ler?

Desde pequenas, as crianças se divertem escutando histórias ou observando as ilustrações de um livro. Além de entreter, as histórias infantis também educam as crianças e deve ser um hábito cultivado desde cedo.

Mundos de fantasia
As histórias estimulam a fantasia. Por seu intermédio, as crianças são capazes de imaginar realidades diferentes, conhecer seres pouco convencionais, transgredir os códigos e temas estabelecidos.

É importante encorajar seu filho a criar suas próprias aventuras e personagens. Esta prática reforça sua liberdade criativa e sua auto-estima.

O que fazer com os monstros?
Muitos pais evitam contar a seus filhos histórias de monstros, temendo que eles possam ter pesadelos ou fantasias prejudiciais. É importante levar em conta que as histórias ensinam as crianças a estabelecer os limites entre realidade e ficção.

A criança que se acostuma a ler histórias de monstros e outros personagens fantásticos aprenderá que estas figuras são imaginárias, que são representações simbólicas de outros temores. Identificando-se com os protagonistas "bons" na luta contra os personagens "maus", ela supera emoções negativas e libera tensões.

Heróis perigosos?
As crianças se identificam naturalmente com os heróis das histórias. Não é preciso temer que elas imitem as ações fantásticas e impraticáveis destes personagens. As crianças costumam compreender que os heróis de ficção não agem na esfera do mundo real, e raramente imitam seus comportamentos além do terreno imaginário de jogos e brincadeiras.

Se você pedir a seu filho que invente sua própria história, é muito provável que ela pareça mais distante da realidade que qualquer história infantil.

A função da "moral da história"
Quase todas as histórias tradicionais possuem uma moral, que sintetiza um aspecto da época em que foram escritos, uma visão do que é bom ou ruim.

Os tempos mudaram, mas muitas destas histórias continuam sendo muito valiosas. Elas podem servir de ponto de partida para você conversar com seus filhos sobre atitudes negativas, como a inveja, o egoísmo e a agressividade, e outras positivas, como a generosidade, a capacidade de ouvir e o respeito pelos outros.

O cantinho da leitura
Como as histórias nos transportam a um lugar especial, em que a fantasia é a protagonista, uma boa ideia é sugerir a seus filhos que preparem um cantinho da casa destinado à leitura.
O espaço poderá dispor de uma biblioteca para guardar os livros, poltronas ou um tapete sobre o qual poderão ler confortavelmente, e uma mesa com cadeiras para que possam escrever suas próprias histórias, ou ilustrar as que escutam. O cantinho também pode ter uma arara com fantasias, que as crianças poderão vestir para dramatizar as histórias, e um espelho para penteados e maquiagens.

Sugerimos aqui um cartaz, que as crianças podem colorir e colocar na entrada do cantinho de leitura.

O hábito da leitura


A maioria dos pais concorda com a necessidade de estimular o hábito da leitura em seus filhos. O problema é que, na hora de colocá-la em prática, surgem as dúvidas e muitos pais não sabem o que fazer. Apresentamos aqui algumas dicas e uma série de brincadeiras para incorporar o hábito da leitura de forma divertida.

Por que é importante?
A leitura estimula a fantasia da criança. À medida que cria suas próprias aventuras e personagens, ela reforça sua liberdade criativa e sua auto-estima.
Além disso, desenvolve importantes habilidades linguísticas e conhecimentos que lhe permitirão construir uma base sólida para sua experiência escolar. Um exemplo disso é a capacidade da criança em contar algo que aconteceu em torno de um tema central; a habilidade para sequenciar eventos no tempo (o que aconteceu primeiro e o que vem depois); a habilidade de estabelecer relações de causa e efeito e a aquisição de uma linguagem rica e complexa.

Por último, a leitura permite que a criança projete seus próprios medos e conflitos. As histórias terminam com um final feliz, o que a libera do medo e a faz se sentir segura e satisfeita.

Quando é aconselhável começar?
Na verdade, não é preciso esperar que seu filho aprenda a ler pra estimular o hábito da leitura. Você pode começar desde os primeiros meses de vida. Os livros criados para bebês costumam ter muitas ilustrações e poucas palavras. São pensados para serem observados, mas os comentários dos pais podem enriquecer seu conteúdo. Eles são um instrumento importante para o desenvolvimento da fala, já que a criança olha as imagens, escuta a mãe ou o pai, e logo aprende a associar a ilustração com a palavra.

Exemplo ou imposição?
Como a criança não tem uma necessidade natural de ler, é importante estimular o hábito da leitura. É aconselhável, no começo, que isso aconteça todos os dias, e sempre à mesma hora. Algumas horas antes de ir para a cama são momentos propícios.
No entanto, mesmo que você se esforce para criar este hábito, o exemplo é decisivo. É muito mais fácil para uma criança se interessar pela leitura se ela tiver acesso a livros em casa e se presenciar os pais lendo.
Cultive o hábito de contar a seu filho o que está lendo, de forma muito simples, e peça a ele que conte a você as histórias que esteja aprendendo no momento.


Conselhos úteis
A criança deve sentir que o tempo destinado à leitura possui importância intrínseca. Não é aconselhável dividi-lo com outras atividades.
Aproveite com seu filho este momento mágico e transmita o prazer que esta experiência proporciona.

Selecione as histórias em função da idade e dos interesses de seu filho. A maioria dos livros indica a idade recomendada.
Ofereça a possibilidade de escolha da história, seja lida ou narrada.
Procure fazer com que seu filho se identifique com os personagens, permitindo que interrompa a narração para perguntar ou fazer algum comentário, crie suspense, e se já conhece a história, deixe que ele conte o final.

O ator
Uma forma de estimular a criança a interagir com a leitura é fazer com que dramatize a história. Seu filho pode fingir que é um ator e que precisa ensaiar uma peça de teatro em que será o protagonista. Antes de começar, ele poderá se divertir muito caracterizando o personagem com um traje especial ou uma maquiagem.

O locutor
Se seu filho já sabe ler, poderá se divertir muito com esta brincadeira. Sugira que ele é um locutor de rádio, e que todas as noites apresenta um programa em que lê a história para seu público. Para fazê-lo como um profissional, ele deve ler em voz alta, de forma pausada e pronunciando cada palavra.

O turista
Se ele nunca visitou uma biblioteca, você pode programar uma visita. Com uma câmera na mão, seu filho poderá tirar fotos das diferentes salas e das pessoas que atendem ao público em cada seção. Ao chegar em casa, a criança poderá organizar um álbum que servirá para explicar a seus irmãos e amigos o que ele aprendeu.

O pintor
Apresentamos aqui alguns quadros de uma história. Seu filho poderá pintar e ordenar uma sequência de acontecimentos, e depois contar a história com suas próprias palavras.

Fonte: http://discoverykidsbrasil.uol.com.br

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A importância da contação de histórias

                   Ao ouvir histórias a criança desenvolve o senso crítico e reflexivo, além de ser uma forma de entretenimento deliciosa, além do prazer de aprender a ler e escrever.
Como educadoras sabemos que ler é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com o aluno. Não basta identificar as palavras, mas fazê-las ter sentido compreender, interpretar, relacionar e reter o que for mais relevante.
A leitura nos insere em um mundo repleto de possibilidades para obter o conhecimento, e por meio deste, proporcionar uma alfabetização de qualidade, ou seja, com letramento.
Inserindo histórias no cotidiano da criança ela aprende de uma maneira prazerosa a refletir de uma maneira critica, junto a mediação do educador e com isso passa a ter mais autonomia tanto na leitura quanto na escrita.
A escrita por sua vez precisa ter um sentido para quem lê, pois saber ler não pode ser representar apenas a decodificação de signos, de símbolos. Ler é muito mais que isso; é um movimento de interação das pessoas com o mundo e delas entre si e isso se adquire quando passa a exercer a função social da língua, ou seja, deixa-se de decodificar as palavras e parte-se para leitura e reelaboração dos textos, utilizando para isto várias linguagens, seja ela a oralidade, a escrita, o teatro, a música, o desenho, pois a aprendizagem deve ter sentido para a criança e porque não usar todos os artifícios para atingir o objetivo das séries iniciais que é o letramento.


Se fosse ensinar a uma criança a arte da leitura

não começaria com as letras e as sílabas

Simplesmente leria as histórias mais fascinantes

que a fariam entrar no mundo encantado da fantasia.

Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos,

ela quereria que eu lhe ensinasse o segredo que

transforma letras e sílabas em histórias.

É assim.É muito simples.

(Almanaque Brasil de Cultura Popular, setembro 2004)
RUBEM ALVES